Cabo da 9ª CIPM preso por suspeita em assassinato no ferro-velho
Cabo da 9ª CIPM preso por suspeita em assassinato no ferro-velho

Um cabo da Polícia Militar, lotado na 9ª CIPM, foi preso na manhã desta terça-feira (17) por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele é acusado de envolvimento nas mortes de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25. Ambos eram trabalhadores de um ferro-velho localizado no bairro Campinas de Pirajá, em Salvador, e desapareceram no dia 4 de novembro. O caso tem despertado grande atenção pela crueldade e mistério que cercam os fatos.

Tudo começou com o desaparecimento de Paulo Daniel e Matusalém. Ambos eram funcionários do ferro-velho de Marcelo Batista da Silva, também acusado de envolvimento nas mortes e atualmente foragido da Justiça. Desde o sumiço, familiares das vítimas iniciaram buscas desesperadas, cobrando respostas das autoridades. Hoje, já são 43 dias sem saber ao certo o que aconteceu com os jovens.

A investigação apontou para um cenário de execução. De acordo com a polícia, o cabo da PM e um homem identificado como Wellington, conhecido como “Cabecinha”, teriam ajudado Marcelo Batista a cometer os crimes. Marcelo é dono do galpão onde as vítimas trabalhavam e é apontado como o principal responsável pelas mortes.

A prisão do cabo da Polícia Militar ocorreu na manhã desta terça-feira (17). Ele foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em uma viatura da PM. Durante sua chegada, tentou esconder o rosto com um pedaço de papelão, o que gerou ainda mais curiosidade sobre o caso.

Segundo fontes ligadas à investigação, o militar teve participação direta nos atos que levaram à morte de Paulo Daniel e Matusalém. Apesar disso, ele não foi o único a ser acusado. A Justiça também emitiu um mandado de prisão contra Wellington, o “Cabecinha”, que ainda não foi localizado.

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Marcelo Batista da Silva, dono do ferro-velho onde os jovens trabalhavam, é apontado como o mandante e executor das mortes. Ele está foragido e é considerado extremamente perigoso. De acordo com os investigadores, há fortes indícios de que ele tenha cometido o crime para silenciar as vítimas, que poderiam estar envolvidas ou ter conhecimento de atividades ilegais relacionadas ao negócio do ferro-velho.

Familiares e amigos das vítimas têm organizado manifestações e campanhas em redes sociais para pressionar as autoridades a localizar Marcelo e garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.

A dor das famílias de Paulo Daniel e Matusalém é imensurável. Desde o desaparecimento, parentes têm enfrentado noites sem dormir e dias de angústia em busca de respostas. “Queremos justiça e não vamos descansar até que todos os culpados sejam presos”, disse um dos familiares em entrevista a um jornal local.

O caso também tem mobilizado a comunidade de Campinas de Pirajá, que cobra soluções rápidas da polícia. Muitos moradores relatam medo e insegurança, principalmente por saberem que Marcelo Batista segue foragido. A presença de um policial militar entre os suspeitos também levantou questionamentos sobre a corrupção e a violência dentro da corporação.

A prisão do cabo da PM é apenas o início de um processo que promete ser longo. O DHPP segue trabalhando para reunir provas que possam esclarecer os detalhes do crime. Enquanto isso, a busca por Marcelo Batista e Wellington, o “Cabecinha”, continua. As autoridades pedem que qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos seja reportada através do Disque Denúncia.

Para a polícia, encontrar Marcelo Batista é fundamental para encerrar o caso. Ele é considerado a peça-chave para entender o que realmente aconteceu com Paulo Daniel e Matusalém. A população também tem um papel importante ao colaborar com informações que possam levar à captura dos suspeitos.

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Casos como este revelam problemas graves em nossa sociedade, como a falta de segurança, corrupção e impunidade. Quando um policial militar, cuja função é proteger a população, está envolvido em crimes tão graves, a confiança na instituição é abalada.

Para as famílias das vítimas, a esperança é que a Justiça seja feita e que casos como este sirvam de exemplo para combater a violência e a impunidade. A sociedade também precisa se mobilizar, exigindo maior transparência nas investigações e punição rápida para os culpados.

Enquanto aguardamos os próximos desdobramentos, a mensagem é clara: nenhum crime deve ficar impune, independente de quem esteja envolvido.

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