A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) de Camaçari intensificou a fiscalização contra ocupações irregulares em áreas protegidas. No último sábado (29), uma equipe esteve na orla de Barra de Jacuípe para apurar uma denúncia sobre a instalação de uma barraca em uma Área de Proteção Permanente (APP). A suspeita foi confirmada e a estrutura estava sendo montada ilegalmente.
Ao chegar ao local, a Superintendência de Fiscalização e Ordenamento constatou que a barraca ocupava uma região de preservação ambiental. O responsável pelo espaço foi notificado e iniciou a remoção da estrutura imediatamente, evitando penalizações mais severas.
Essa não é a primeira vez que ocupações irregulares são flagradas na região. O Ministério Público Federal (MPF) e a Prefeitura de Camaçari já têm atuado na retirada de diversas construções ilegais, que comprometem o meio ambiente e desrespeitam as normas urbanísticas.
Denúncias também em Jauá e Arembepe
A situação em Barra de Jacuípe é preocupante, mas não é um caso isolado. A SEDUR também recebeu denúncias sobre ocupações irregulares em outras áreas do município. Em um condomínio na região de Jauá, por exemplo, está ocorrendo o aterramento de uma lagoa, o que representa um grande risco para a fauna e a flora locais.
Os impactos desse tipo de intervenção podem ser devastadores. As lagoas são ecossistemas importantes para o equilíbrio ambiental, funcionando como refúgio para diversas espécies de animais e ajudando na regulação climática da região. O aterramento pode levar à perda de biodiversidade e ao aumento de enchentes, além de afetar a qualidade da água.
Outro ponto crítico identificado pela fiscalização foi Arembepe, onde construções estão sendo erguidas dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA). Além disso, próximo à histórica Fonte do Cacimbão, há relatos de ocupações ilegais que já foram denunciadas anteriormente, mas continuam a acontecer.
Com o crescimento acelerado da cidade, é fundamental que a fiscalização seja constante para evitar danos ambientais irreversíveis. A SEDUR tem intensificado as inspeções e buscado conscientizar a população sobre a importância de preservar áreas protegidas.
A instalação de barracas, casas ou qualquer tipo de estrutura em APPs é ilegal e pode gerar multas pesadas, além da obrigação de remoção imediata da construção. Em casos mais graves, os responsáveis podem responder judicialmente por crimes ambientais.
A prefeitura alerta que qualquer ocupação irregular pode ser denunciada pelos moradores, garantindo que essas áreas permaneçam preservadas para as futuras gerações. O envolvimento da comunidade é essencial para impedir a degradação do meio ambiente.
Ambientalistas reforçam que a preservação das áreas protegidas é fundamental para evitar o desequilíbrio ecológico. A ocupação desordenada pode causar desmatamento, erosão, contaminação de recursos hídricos e o desaparecimento de espécies de animais e plantas.
“Essas regiões são de extrema importância ambiental. As lagoas, por exemplo, atuam como verdadeiros pulmões naturais, ajudando a manter a umidade do ar e servindo como habitat para inúmeras espécies”, explica um especialista em meio ambiente. “O aterramento e a destruição desses locais comprometem diretamente a qualidade de vida da população e aumentam os riscos de desastres naturais.”
A luta contra as ocupações irregulares em Camaçari precisa ser uma responsabilidade compartilhada entre poder público e sociedade. As fiscalizações continuam e devem se tornar ainda mais rigorosas para coibir invasões e garantir a manutenção das áreas protegidas.
Se você testemunhar alguma construção irregular, não hesite em denunciar. A preservação do meio ambiente é essencial para garantir um futuro melhor para todos.
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