Jojo Todynho sai em defesa do fim da escala 6×1
Jojo Todynho sai em defesa do fim da escala 6×1

A cantora e influenciadora Jojo Todynho, conhecida por sua autenticidade e engajamento em questões sociais, recentemente utilizou suas redes sociais para abordar um tema de grande relevância para os trabalhadores brasileiros: a jornada de trabalho. Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Jojo compartilhou suas experiências pessoais e opiniões sobre a escala 6×1, defendendo a adoção da jornada 5×2 como uma alternativa mais equilibrada para a qualidade de vida dos trabalhadores.

Jojo Todynho revelou que já trabalhou em um shopping center sob a escala 6×1, onde o funcionário trabalha seis dias consecutivos e tem direito a apenas um dia de folga. Ela descreveu essa experiência como extremamente cansativa e prejudicial à vida pessoal. “Trabalhei por seis meses no shopping, nunca mais na vida, porque é muito ruim. Trabalhar 6×1 é cansativo”, afirmou a cantora.

Além de criticar a escala 6×1, Jojo também expressou sua discordância em relação à proposta de adoção da escala 4×3, onde o trabalhador teria quatro dias de trabalho seguidos por três dias de folga. Ela argumentou que essa mudança poderia trazer consequências negativas para o comércio e a economia em geral. “Escala 4×3, eu não concordo porque acho que seria muito ruim para todos. Tudo fica mais caro, vão querer reduzir salários porque você tem que fazer escala, contratar mais pessoas…”, explicou Jojo.

Para Jojo Todynho, a jornada 5×2, na qual o trabalhador labora por cinco dias e descansa por dois, seria a mais adequada. Ela acredita que esse modelo permite um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, proporcionando tempo para atividades de lazer, convivência familiar e desenvolvimento pessoal. “5×2, super concordo, super válido”, declarou a cantora.

Jojo enfatizou a necessidade de todos os trabalhadores terem acesso a uma boa qualidade de vida, com tempo para a família, lazer e outras atividades fora do ambiente de trabalho. “Todo mundo tem que ter qualidade de vida, almoçar com a família, passear, curtir um show. Precisamos ter esse lazer. Para fazer um curso ou algo diferente, é preciso ter tempo”, concluiu.

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A discussão sobre a jornada de trabalho no Brasil é antiga e complexa. Historicamente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece uma jornada padrão de 44 horas semanais, geralmente distribuídas em uma escala 5×2. No entanto, setores como comércio e serviços adotam frequentemente a escala 6×1, visando atender à demanda contínua dos consumidores.

Recentemente, propostas de alteração na jornada de trabalho têm ganhado destaque, incluindo a adoção da escala 4×3. Defensores argumentam que essa mudança poderia aumentar a produtividade e oferecer mais tempo livre aos trabalhadores. Por outro lado, críticos, como Jojo Todynho, apontam possíveis impactos negativos, como aumento de custos para os empregadores e redução salarial.

Estudos indicam que jornadas de trabalho extensas e com poucas folgas podem ter efeitos prejudiciais à saúde física e mental dos trabalhadores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que o excesso de trabalho está associado a riscos aumentados de doenças cardiovasculares e transtornos mentais. Portanto, modelos de jornada que equilibram trabalho e descanso são essenciais para o bem-estar dos empregados.

Do ponto de vista dos empregadores, a definição da jornada de trabalho envolve a necessidade de equilibrar a produtividade com o bem-estar dos funcionários. Enquanto a escala 6×1 pode atender à demanda do mercado, é fundamental considerar os impactos na saúde e satisfação dos trabalhadores. Modelos mais flexíveis, como a jornada 5×2, podem contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

No Brasil, a legislação trabalhista permite certa flexibilidade na definição das jornadas de trabalho, desde que respeitados os limites estabelecidos pela CLT. Negociações coletivas entre empregadores e sindicatos podem resultar em acordos específicos sobre escalas e jornadas, sempre visando o equilíbrio entre as necessidades empresariais e os direitos dos trabalhadores.

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