O júri popular pode definir o destino dele após meses de investigação.
O júri popular pode definir o destino dele após meses de investigação.

A manhã desta terça-feira, 15 de abril, começou com muita expectativa no Fórum da cidade de Dias d’Ávila, que fica na Região Metropolitana de Salvador. É lá que acontece o júri popular do caso que parou a Bahia e ganhou repercussão nacional: o assassinato cruel da cantora gospel Sara Mariano. O julgamento promete ser tenso e está cercado de comoção, revolta e muita esperança de justiça por parte da população.

Esse é um daqueles casos que ninguém esquece. Desde o desaparecimento da cantora em outubro de 2023 até a descoberta trágica do seu corpo, tudo foi marcado por dor, indignação e surpresa. Hoje, após meses de investigação e espera, a Justiça começa a decidir o destino dos envolvidos.

Sara Mariano não era só mais uma cantora gospel. Ela era muito querida no meio evangélico e nas redes sociais. Com uma voz poderosa e uma presença cativante, ela usava a música como ferramenta de fé e consolo. Além de cantar, Sara também era ativa nas igrejas e em eventos religiosos. Sua vida era pautada pela espiritualidade, e muitas pessoas a viam como exemplo de dedicação e fé.

Moradora da Bahia, Sara levava a palavra de Deus por onde passava. Era casada com Ederlan Mariano e, aparentemente, vivia uma vida tranquila ao lado da família. Até que, no dia 24 de outubro de 2023, tudo mudou.

Naquela terça-feira, Sara saiu de casa dizendo que iria participar de um culto religioso. Era uma rotina comum para ela. Mas, dessa vez, ela não voltou. A família começou a se preocupar e, em pouco tempo, a notícia do desaparecimento se espalhou rapidamente pelas redes sociais e jornais da Bahia.

Foram três dias de buscas, angústia e orações. Mas a esperança foi destruída no dia 27 de outubro, quando o corpo de Sara foi encontrado carbonizado em uma área de mata próxima à rodovia BA-093, também em Dias d’Ávila. O cenário era de cortar o coração.

Leia Também:  Corpo de Mergulhador É Encontrado após quatro dias de buscas

O luto se espalhou. Igrejas lotaram em vigílias, redes sociais se encheram de mensagens de dor e pedidos por justiça. A tragédia tocou profundamente não só a comunidade evangélica, mas toda a sociedade baiana e brasileira.

Logo após a confirmação da morte, a polícia começou a investigar os detalhes do crime. E foi aí que veio a primeira grande reviravolta: o principal suspeito era o próprio marido de Sara, Ederlan Mariano. Ele foi preso preventivamente e, segundo o Ministério Público, há provas fortes contra ele.

De acordo com a acusação, Ederlan teria planejado tudo friamente, tentando fingir que Sara havia apenas desaparecido. Mas os investigadores descobriram contradições em seu depoimento e indícios de que ele teria envolvimento direto no crime. A denúncia afirma que o assassinato foi premeditado, ou seja, feito com intenção e planejamento.

Para muitos, essa descoberta foi um segundo choque. Afinal, como alguém tão próximo, que vivia ao lado da vítima, poderia estar envolvido numa barbaridade dessas? A população ficou revoltada e ainda mais determinada a ver justiça sendo feita.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO