A operação resultou na prisão de seis envolvidos e na apreensão de bens usados para disfarçar a origem ilícita dos recursos.
A operação resultou na prisão de seis envolvidos e na apreensão de bens usados para disfarçar a origem ilícita dos recursos.

A Justiça da Bahia deu um passo importante na luta contra o crime organizado ao aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra 16 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha envolvida em crimes graves, como extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Entre os acusados, estão dois policiais militares, apontados como líderes do esquema criminoso.

Essa decisão judicial resultou na prisão preventiva de seis envolvidos, atendendo ao pedido do MP-BA, que apresentou fortes provas contra o grupo. Essa ação faz parte de uma série de esforços para desmantelar organizações criminosas que atuam na Bahia, especialmente na capital, Salvador, e na Região Metropolitana.

As investigações mostraram que essa quadrilha estava diretamente ligada ao assassinato de Ivan de Almeida Freitas, considerado um dos principais traficantes de drogas sintéticas da Bahia. O crime aconteceu em agosto de 2023, no bairro de Trobogy, em Salvador.

Ivan era sócio de Rodolfo Borges Barbosa de Souza, identificado como o chefe da quadrilha. Rodolfo era responsável pelo abastecimento de drogas em bairros importantes, como Amaralina, em Salvador, e Portão, em Lauro de Freitas. A conexão entre essas regiões tornou a quadrilha ainda mais influente e perigosa.

Para esconder o dinheiro obtido com o tráfico de drogas, o grupo utilizava um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro. Eles criavam empresas de fachada e investiam em obras de arte e imóveis em nome de terceiros, dificultando a identificação da origem ilícita dos recursos.

Além disso, usavam estabelecimentos como marmorarias e ferros-velhos para disfarçar o dinheiro sujo. Essa estratégia é comum entre organizações criminosas que buscam aparentar legalidade nas atividades econômicas.

A denúncia aceita pela Justiça teve como base a “Operação Indignos”, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia (Deic) em janeiro de 2025. Durante essa operação, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão em cinco estados brasileiros.

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Entre os presos estão os dois policiais militares apontados como líderes do esquema. Um deles foi capturado no estado do Paraná, mostrando a abrangência e a complexidade da operação policial.

A polícia estima que a quadrilha movimentou cerca de R$ 150 milhões em apenas três anos de atividades criminosas. Esse valor impressionante evidencia a dimensão e o poder financeiro do grupo, que usava a lavagem de dinheiro para manter suas operações ativas e disfarçar os lucros obtidos ilegalmente.

Com a denúncia aceita e as prisões preventivas decretadas, espera-se que a Justiça aprofunde as investigações e identifique outros envolvidos. A expectativa é que novas operações sejam realizadas para desmantelar totalmente a organização e evitar a continuidade das atividades criminosas.

Esse caso também levanta questões sobre a participação de agentes públicos em esquemas ilegais, reforçando a importância de uma investigação rigorosa e transparente.

A aceitação dessa denúncia pela Justiça da Bahia é um marco na luta contra o crime organizado no estado. Com prisões importantes e investigações aprofundadas, há esperança de que a atuação dessas organizações criminosas seja enfraquecida, trazendo mais segurança para a população.

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