A política em Lauro de Freitas ganhou mais um capítulo movimentado nos últimos dias. O recém-eleito vice-prefeito do município, Mateus Reis (União Brasil), já está pensando no futuro e deixou claro que pretende concorrer à prefeitura em 2028. O anúncio, no entanto, não caiu bem dentro do próprio grupo político, gerando tensão e rachaduras internas.
Mateus Reis não perdeu tempo e se colocou como pré-candidato para 2028, mesmo ainda estando no início de seu mandato como vice-prefeito. A atitude surpreendeu e incomodou a atual prefeita e aliada política, Débora Regis (União Brasil), além de outros membros do partido. O desconforto aumentou ainda mais quando ele afirmou que sua candidatura não depende da aprovação do empresário e presidente do partido, Teobaldo Costa.
Em um tom desafiador, Mateus teria declarado que sua participação na corrida eleitoral acontecerá “quer Teobaldo queira ou não”. A fala repercutiu negativamente e causou ruídos dentro do União Brasil, um partido que até então buscava unidade na gestão de Lauro de Freitas.
As tensões políticas saíram dos bastidores e se tornaram públicas durante a tradicional festa de Iemanjá, realizada no último domingo (2), no bairro de Buraquinho. Durante o evento, testemunhas relataram um bate-boca acalorado entre Mateus Reis e Teobaldo Costa. O vice-prefeito, exaltado, teria disparado ofensas diretas ao líder do partido, usando palavras de baixo calão.
Frases como “vá tomar naquele lugar” e “seu pau no…” foram ditas em meio à confusão, deixando evidente que a relação entre os dois não anda nada bem. O episódio chamou a atenção de quem estava por perto e rapidamente se espalhou nos bastidores da política municipal, alimentando ainda mais a crise interna no União Brasil.
O comportamento de Mateus Reis levanta questionamentos sobre o futuro do grupo político que atualmente governa Lauro de Freitas. O União Brasil, que buscava estabilidade para seguir forte nas próximas eleições, agora precisa lidar com um racha precoce e um embate público entre dois de seus principais nomes.
A prefeita Débora Regis, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, mas aliados afirmam que ela ficou incomodada com a postura de seu vice-prefeito. Afinal, lançar uma pré-candidatura sem alinhamento com o grupo pode ser visto como um ato de desrespeito à liderança política local.
Com a crise instalada, o futuro de Mateus Reis dentro do União Brasil ainda é incerto. A possibilidade de uma ruptura oficial não está descartada, e há quem acredite que o vice-prefeito possa buscar outro partido caso a situação se torne insustentável. Enquanto isso, Teobaldo Costa segue como uma das figuras mais influentes do grupo e pode tomar medidas para enfraquecer a candidatura antecipada de Mateus.
Nos próximos meses, a temperatura política de Lauro de Freitas promete subir ainda mais. O episódio na festa de Iemanjá mostrou que a briga pelo comando da cidade já começou nos bastidores e pode ganhar novos capítulos em breve.
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