Reajuste no Pedágio da BA-099 a Partir de 26 de Dezembro
Moradores da orla de Camaçari se revoltam com pedágio alto na Estrada do Coco

Os moradores da orla de Camaçari, na Bahia, não estão nada satisfeitos com os valores cobrados pelo pedágio da Estrada do Coco, que é administrado pela concessionária Litoral Norte. A tarifa, que chega a R$ 14 durante os finais de semana e feriados, está pesando no bolso de quem usa a via regularmente, seja para trabalhar, fazer compras ou visitar parentes em bairros vizinhos.

Essa insatisfação, aliás, vem crescendo com o passar do tempo, especialmente entre aqueles que precisam fazer esse trajeto com frequência. Afinal, não é apenas o pedágio que pesa, mas também o impacto nos custos de vida, como combustível e manutenção do carro. Com o aumento das reclamações, a população está exigindo mudanças, mas até agora não houve nenhuma resposta concreta por parte da empresa responsável.

Muita gente tem usado as redes sociais e grupos de mensagens para relatar o peso do pedágio no orçamento. Um exemplo que chamou atenção foi o depoimento de um morador que foi à Vila de Abrantes fazer compras no sábado, dia 18. Ele precisou desembolsar nada menos que R$ 28 para ir e voltar, um gasto que considerou absurdo.

“Isso é um verdadeiro roubo. Não faz sentido pagar esse valor para ir ali pertinho. No mínimo, a volta deveria ser gratuita. Esses preços afastam os turistas e prejudicam quem mora na região”, desabafou o morador.

Casos como o dele não são isolados. Muitas famílias que moram na orla de Camaçari e em outras localidades próximas têm sofrido para equilibrar as contas, principalmente em tempos de crise econômica. Além disso, comerciantes da região também se dizem prejudicados, pois o alto custo do pedágio afasta potenciais clientes e reduz o movimento.

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A Estrada do Coco é uma das principais rotas que conectam Salvador e a região metropolitana à famosa Linha Verde, um dos destinos turísticos mais procurados do litoral norte da Bahia. Além de servir às praias paradisíacas, a via também é rota obrigatória para moradores que precisam se deslocar entre bairros próximos.

Com os valores atuais, muita gente tem evitado passar pela estrada, prejudicando o turismo e o comércio local. Pequenos empreendedores de Vila de Abrantes, Guarajuba e outras localidades relatam que o movimento caiu bastante, especialmente nos finais de semana e feriados.

“Os turistas não querem pagar pedágio para vir aqui. Isso impacta diretamente o meu negócio, porque dependo do fluxo de visitantes”, disse uma comerciante que vende artesanatos em Guarajuba.

Diante de tantas queixas, a população tem organizado abaixo-assinados e manifestos para pressionar a concessionária Litoral Norte. Entre as reivindicações, estão:

  • Isenção para moradores locais: A ideia é que os residentes da região tenham direito a passar sem custo ou com um valor reduzido.
  • Tarifa menor nos finais de semana e feriados: Proposta que busca incentivar o turismo e aliviar o bolso de quem usa a via para lazer ou trabalho.
  • Mais transparência nos gastos: Muitos moradores questionam o destino do dinheiro arrecadado e pedem auditorias mais frequentes.

Apesar da pressão popular, a concessionária responsável ainda não deu uma resposta oficial às reclamações. Isso tem gerado ainda mais revolta entre os moradores, que se sentem ignorados e sem alternativas. Muitos questionam o contrato firmado entre o governo e a empresa, alegando que os valores cobrados são incompatíveis com a realidade da população.

Enquanto isso, os motoristas buscam alternativas para economizar, como rotas alternativas. No entanto, essas opções geralmente são mais longas e cheias de buracos, causando ainda mais transtornos.

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Especialistas em mobilidade urbana explicam que o pedágio é uma forma de custear a manutenção da rodovia, mas concordam que os valores devem ser proporcionais à realidade econômica da região. Para eles, a questão é sensível porque envolve contratos de concessão que geralmente têm regras rigídas. Ainda assim, afirmam que a pressão popular pode ser um caminho para renegociar as tarifas.

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