Ele e o sócio enganaram ao menos 16 vítimas e causaram prejuízo de mais de R$ 5 milhões.
Ele e o sócio enganaram ao menos 16 vítimas e causaram prejuízo de mais de R$ 5 milhões.

O influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, e seu sócio, Anderson Boneti, foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa. A sentença foi emitida pelo Poder Judiciário do Rio Grande do Sul e se refere a uma série de crimes de estelionato praticados contra 16 vítimas, na cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Segundo as investigações, Nego Di e Boneti operavam uma loja virtual chamada “Tadizuera”, na qual divulgavam produtos com preços altamente atrativos, bem abaixo dos valores praticados no mercado. No entanto, após efetuarem a compra, os consumidores nunca recebiam os produtos adquiridos. A Polícia Civil estima que o golpe tenha causado um prejuízo superior a R$ 5 milhões.

De acordo com relatos apresentados no processo, a dupla utilizava uma tática de confiança: em um primeiro momento, realizavam entregas pontuais para conquistar a credibilidade dos clientes. Só então passaram a lançar mão do esquema fraudulento em larga escala por meio do e-commerce fictício.

Uma das vítimas, entrevistada pela CNN Brasil, revelou ter perdido cerca de R$ 30 mil após adquirir diversos itens, incluindo celulares e aparelhos de ar-condicionado. Ela contou que Nego Di chegou a entregar os primeiros produtos comprados, o que aumentou a confiança e encorajou novas compras — estas, no entanto, jamais entregues.

Mesmo com a gravidade dos crimes, Nego Di se encontra atualmente em liberdade provisória desde novembro de 2023, após cumprir quatro meses na Penitenciária de Canoas. A soltura foi determinada por decisão judicial à época. No entanto, com a nova sentença, ele deve retornar ao regime fechado.

O caso levanta novamente o alerta sobre fraudes digitais e a importância da verificação das lojas virtuais antes de qualquer compra. Autoridades reforçam que o consumidor deve sempre conferir a reputação do estabelecimento e desconfiar de preços muito abaixo do mercado.

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A condenação de uma figura pública como Nego Di reacende o debate sobre responsabilidade de influenciadores digitais e o impacto que eles exercem sobre seu público, principalmente quando envolvem a venda ou promoção de produtos.

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