Um caso estarrecedor veio à tona nesta terça-feira (29) em Salvador, deixando a população abalada e com ainda mais desconfiança sobre quem deveria proteger a sociedade. Um policial militar, de 37 anos, foi preso suspeito de participar diretamente de um triplo homicídio e uma tentativa de assassinato, ocorridos em fevereiro deste ano, no bairro de Campinas de Pirajá. O caso chocou tanto pela brutalidade quanto pelo fato de envolver um agente da lei.
O suspeito foi identificado como Welson Wagner dos Santos Mesquita, lotado na 9ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pirajá). Ele atuava no setor administrativo da corporação, ou seja, não estava nas ruas, mas sim nos bastidores da PM. Mesmo assim, segundo as investigações da Polícia Civil, ele pode ter sido o autor de uma ação violenta e covarde contra pessoas que estavam rendidas, desarmadas e indefesas.
O crime aconteceu depois de uma festa conhecida como “paredão”, bastante comum em alguns bairros de Salvador. Essas festas, geralmente animadas por som alto e carros com grandes caixas de som, atraem muitos jovens e moradores locais. Mas, naquela noite, o que era diversão virou tragédia.
As vítimas estavam no local da festa quando foram surpreendidas por homens armados. Segundo o que foi apurado pela Polícia Civil, os três jovens foram executados a sangue frio, sem chance de defesa. Testemunhas disseram que eles já estavam rendidos e sem qualquer ameaça para quem quer que fosse. Ainda assim, acabaram sendo alvos de diversos tiros, disparados com brutalidade. O único que conseguiu sobreviver foi um rapaz que, no momento do ataque, se escondeu dentro de um carro e escapou por pouco.
O que mais choca nesse caso é a frieza com que tudo foi feito. Não se tratou de um confronto ou troca de tiros. Foi uma execução, daquelas que nem filme de ação tem coragem de mostrar. Isso gerou revolta e medo nos moradores da região, que começaram a questionar até onde vai o poder de quem deveria garantir a segurança da população.
Após meses de investigação, a Polícia Civil conseguiu juntar provas suficientes para pedir a prisão de Welson Mesquita. E nesta terça-feira (29), o mandado foi cumprido. Quando os agentes chegaram à casa do policial, encontraram um verdadeiro arsenal de guerra: armas de fogo, munições de diversos calibres, uma motocicleta e outros objetos que podem estar diretamente ligados ao crime cometido em fevereiro.
Os investigadores não divulgaram todos os detalhes sobre o que foi encontrado, mas deixaram claro que o material apreendido será analisado e pode fortalecer ainda mais o caso contra o PM. Vale lembrar que, por se tratar de um policial, todo o processo precisa de ainda mais cuidado, para garantir que a justiça seja feita da maneira correta.
O envolvimento de um policial militar em um crime tão grave levanta questionamentos sérios sobre a conduta de agentes públicos e a forma como a força é usada por quem deveria proteger a população. Diante da gravidade do caso, a Corregedoria da Polícia Militar da Bahia e o Ministério Público do Estado estão acompanhando de perto todas as etapas do processo.
A Corregedoria já abriu um procedimento interno para apurar a conduta do PM e avaliar se há mais policiais envolvidos na situação. Além disso, o Ministério Público quer garantir que o inquérito siga de maneira transparente, justa e que os culpados, se confirmados, paguem por tudo o que fizeram.
Os moradores do bairro onde tudo aconteceu ainda estão abalados com o crime. Muitos disseram estar com medo de sair de casa à noite e não se sentem mais seguros com a presença da polícia na comunidade. Isso porque, segundo relatos, algumas pessoas já desconfiavam de atitudes estranhas por parte do policial preso.
“Se até quem usa farda tá fazendo isso, a gente vai confiar em quem?”, questionou uma moradora, que preferiu não se identificar. Outra moradora completou: “A gente quer justiça, porque foram jovens que morreram sem fazer nada, só estavam se divertindo na festa.”
Welson Wagner dos Santos Mesquita, de 37 anos, trabalhava na área administrativa da 9ª CIPM. Ou seja, ele não era um policial de rua, que faz patrulhamento. No entanto, tinha acesso a armas e, segundo a investigação, pode ter usado essa facilidade para cometer o crime. Até o momento, ele nega todas as acusações. Seus advogados afirmam que ele é inocente e que confiam na justiça para provar isso.
Mas as evidências, de acordo com a Polícia Civil, são fortes. Inclusive, o depoimento do sobrevivente foi essencial para ajudar a identificar os envolvidos.
Welson Wagner dos Santos Mesquita, de 37 anos, trabalhava na área administrativa da 9ª CIPM. Ou seja, ele não era um policial de rua, que faz patrulhamento. No entanto, tinha acesso a armas e, segundo a investigação, pode ter usado essa facilidade para cometer o crime. Até o momento, ele nega todas as acusações. Seus advogados afirmam que ele é inocente e que confiam na justiça para provar isso.
Mas as evidências, de acordo com a Polícia Civil, são fortes. Inclusive, o depoimento do sobrevivente foi essencial para ajudar a identificar os envolvidos.
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