Ele nega tudo e diz que está sendo perseguido.
Ele nega tudo e diz que está sendo perseguido.

Na manhã desta segunda-feira (5), o policial militar e influenciador digital baiano Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, mais conhecido nas redes sociais como Tchaca, foi solto após passar quase um mês preso. Ele havia sido detido no último dia 9 de abril durante a Operação Falsas Promessas 2, que foi realizada pela Polícia Civil da Bahia.

A prisão do policial causou grande repercussão, principalmente nas redes sociais, já que ele é uma figura bastante conhecida na internet, onde tem milhares de seguidores. Mas afinal, por que ele foi preso? O que a justiça está investigando? Vamos te explicar tudo, de forma clara e direta, para que você entenda essa história do começo ao fim.

De acordo com a Polícia Civil, Tchaca teria supostamente acessado informações sigilosas de uma investigação policial e ainda ajudado outras pessoas que estavam sendo investigadas. Isso, segundo os investigadores, poderia ser um caso de obstrução de justiça, que é quando alguém tenta atrapalhar uma investigação ou um processo judicial.

Além disso, o nome dele apareceu em um inquérito que também apontava indícios de corrupção ativa, ligação com organização criminosa e uso indevido de dados confidenciais.

Tchaca foi apenas um entre sete policiais militares presos durante a operação, que teve como foco um suposto esquema criminoso de rifas e sorteios fraudulentos. Segundo as investigações, esses sorteios estariam sendo usados para lavar dinheiro do tráfico de drogas, com o apoio de empresas de fachada — ou seja, empresas que funcionam só no papel para esconder a origem ilegal do dinheiro.

A Operação Falsas Promessas 2 foi uma continuação de uma investigação que já vinha sendo feita há algum tempo. A polícia acredita que havia um esquema muito bem montado, com sorteios e rifas que eram anunciados nas redes sociais e usados para movimentar dinheiro sujo do tráfico.

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Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em diversos locais, incluindo Salvador, municípios da Região Metropolitana e até em outros estados, como São Paulo. Os mandados tinham como objetivo reunir provas do suposto esquema e identificar todos os envolvidos.

A operação foi batizada de “Falsas Promessas” justamente porque muitos desses sorteios e rifas não passavam de enganos para esconder crimes mais graves, como o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.

Os advogados de Tchaca afirmam com todas as letras que ele não tem qualquer envolvimento com crimes e que sua prisão foi baseada apenas na suposição de que ele teria interferido nas investigações, sem uma prova concreta.

A defesa acredita que o fato de ele ser uma figura pública e com muitos seguidores pode ter influenciado na decisão da prisão, gerando um tipo de perseguição.

Segundo os advogados, Tchaca sempre teve uma vida pública e limpa, e sempre atuou como policial com responsabilidade e comprometimento.

Antes mesmo de ser preso, o próprio Tchaca já vinha falando em suas redes sociais que estava sendo alvo de uma perseguição injusta. Em algumas postagens, ele dizia que estavam tentando manchar sua imagem à força.

Em uma das publicações mais comentadas, ele chegou a afirmar:

“Se tentarem me prender, eu vou cair atirando”.

A frase causou grande repercussão e gerou ainda mais atenção em torno do caso. Muita gente interpretou como uma ameaça ou demonstração de resistência à prisão. Outros seguidores, no entanto, disseram que ele só estava desabafando diante da pressão que vinha sofrendo.

A decisão que colocou Tchaca em liberdade foi tomada pela Justiça após análise de documentos e argumentos da defesa. Não foram divulgados detalhes sobre quais condições ele terá que cumprir em liberdade, mas é comum em casos assim que a pessoa continue respondendo ao processo fora da cadeia, com algumas medidas restritivas, como:

  • Proibição de contato com outros investigados;

  • Obrigação de se apresentar periodicamente à Justiça;

  • Proibição de usar redes sociais para falar sobre o caso.

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Apesar de estar solto, Tchaca ainda não está livre da investigação. Ele continuará sendo investigado e pode ser chamado para prestar novos depoimentos a qualquer momento.

A soltura de Tchaca foi amplamente comentada nas redes. Muitos seguidores comemoraram a notícia, dizendo que “a justiça foi feita” e que acreditam na inocência dele. Outros foram mais críticos, dizendo que é preciso investigar tudo a fundo, independentemente da fama do policial.

Já os comentários nos perfis oficiais da polícia e do governo mostram uma divisão de opiniões: há quem acredite na inocência do PM e quem ache que ele precisa ser julgado como qualquer cidadão.

A história do PM Tchaca ainda não terminou. Ele está solto, mas o caso segue sendo investigado. A polícia promete aprofundar as apurações para identificar quem realmente participou do esquema das rifas fraudulentas.

Enquanto isso, Tchaca deve tentar limpar sua imagem e retomar sua vida, tanto como policial quanto como influenciador digital. A verdade completa ainda está por vir, e cabe à Justiça decidir quem é culpado e quem é inocente.

A única certeza, por enquanto, é que esse caso ainda vai dar muito o que falar na Bahia e no Brasil inteiro.

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