Na última quarta-feira (30), um forte esquema criminoso foi descoberto e desmantelado pela Polícia Civil de Alagoas, com apoio da Polícia Civil da Bahia e da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A ação, chamada de Operação Rota Vazada, teve como palco principal as cidades de Camaçari e São Sebastião do Passé, localizadas no estado da Bahia.
A investigação revelou uma rede bem organizada de roubo, transporte ilegal e revenda clandestina de combustíveis, que envolvia a utilização de documentos falsos e movimentação interestadual de cargas. Três homens foram presos e outros suspeitos já estão na mira da polícia.
Segundo a polícia, os criminosos atuavam de maneira inteligente e pensada. Eles usavam documentos falsificados para conseguir comprar combustíveis de forma “legal” em postos de Alagoas. Com esses documentos, conseguiam créditos e notas fiscais frias, o que fazia parecer que tudo estava dentro da lei.
Depois disso, os combustíveis eram transportados ilegalmente até a Bahia, sem qualquer tipo de autorização ou fiscalização. Já em solo baiano, esse material era revendido clandestinamente em postos de gasolina ou até mesmo de forma direta para consumidores.
A ANP identificou diversas irregularidades nos estabelecimentos envolvidos, o que acendeu o alerta das autoridades.
A Operação Rota Vazada foi coordenada pelo delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO). A parte de campo da operação foi feita pela Divisão Especial de Combate à Corrupção (DECCOR), com suporte essencial da Polícia Civil da Bahia e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Durante as ações, dois dos suspeitos foram presos em Camaçari e o terceiro em São Sebastião do Passé, ambos municípios baianos que serviam de rota e ponto de comercialização para o combustível roubado.
Além de estar envolvido diretamente no esquema de roubo e receptação de combustível, um dos presos ainda estava com munições e drogas em casa. Por isso, ele também foi autuado por posse ilegal de munição e tráfico de drogas.
A delegada Maria Eduarda, uma das responsáveis pela investigação, explicou que o grupo já estava sendo monitorado há algum tempo. Segundo ela, a quadrilha não só fraudava documentos, como também usava empresas de fachada e pessoas laranjas para tentar despistar a polícia.
De acordo com os primeiros levantamentos feitos pelos investigadores, o prejuízo já é estimado em mais de R$ 200 mil. Mas esse número pode ser bem maior, já que o esquema vinha sendo praticado há meses e outros postos podem ter sido lesados.
Além disso, há a possibilidade de que mais pessoas estejam envolvidas, incluindo empresários, motoristas de caminhão-tanque e até donos de postos de combustíveis que compravam o material de forma irregular para lucrar mais.
A polícia já confirmou que as investigações continuam e novos mandados de prisão e busca podem ser expedidos a qualquer momento.
A Operação Rota Vazada é um alerta para o quanto ainda precisamos combater os crimes ligados ao setor de combustíveis. Roubo, transporte ilegal, venda clandestina, falsificação de documentos e até tráfico de drogas – tudo isso estava envolvido nesse esquema, que já causou um prejuízo de mais de R$ 200 mil.
A polícia está fazendo sua parte. Agora, cabe também à população ficar atenta, denunciar e evitar consumir de locais suspeitos. O preço mais barato pode custar caro para todos.
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