Na manhã desta segunda-feira (23), o policial civil Rogério de Almeida Felício, mais conhecido como Rogerinho Punisher, foi preso no litoral de São Paulo. O agente, que também atuava como segurança particular do cantor sertanejo Gusttavo Lima, estava foragido desde a semana passada. Sua captura ocorreu no âmbito da operação Tacitus, uma investigação de grande porte que está abalando as estruturas de várias instituições.
Rogério Felício não é um nome qualquer dentro da corporação. Ele exercia a função de agente de telecomunicações na Polícia Civil, mas também tinha uma segunda ocupação: trabalhar como segurança do cantor Gusttavo Lima. Apesar de sua carreira dupla, sua vida começou a desmoronar após ser citado em uma delação premiada feita por Vinicius Gritzabch, um empresário assassinado em outubro deste ano no Aeroporto de Guarulhos.
De acordo com a investigação, Vinicius teria apresentado às autoridades prints de redes sociais onde Rogerinho aparece usando um reloágio que teria sido furtado. Esses registros aumentaram ainda mais as suspeitas sobre sua suposta conexão com a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A prisão de Rogerinho faz parte de uma ação maior liderada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. A operação Tacitus, que vem sendo executada há semanas, tem como foco combater o envolvimento de autoridades com atividades criminosas. Além de Rogerinho, outros nomes importantes também foram alvos dessa investigação. O delegado Fábio Baena e três outros policiais civis, Eduardo Lopes Monteiro, Marcelo Ruggieri e Marcelo Marques de Souza (conhecido como Marcelo Bombom), tiveram mandados de prisão temporária cumpridos.
Em nota oficial, a Delegacia Geral de Polícia informou que Rogério de Almeida Felício decidiu se entregar após firmar um acordo com as autoridades. Ele foi levado à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, onde deverá responder pelos crimes que estão sendo investigados. Até o momento, não há detalhes sobre o conteúdo do acordo ou as condições em que ele foi firmado.
Mesmo com as acusações graves, a defesa de Rogério insiste em sua inocência. Os advogados declararam que estão confiantes de que todas as medidas legais serão tomadas para esclarecer os fatos e provar que ele não tem envolvimento com as atividades ilegais apontadas na investigação.
Já a empresa Balada Eventos, que cuida da carreira de Gusttavo Lima, também se pronunciou sobre o caso. Em nota, afirmaram que Rogério realmente prestava serviços como parte da equipe de segurança do cantor durante os shows, mas destacaram que não possuem nenhum vínculo com as investigações e os atos atribuídos ao policial.
Casos como o de Rogerinho Punisher levantam uma série de questionamentos sobre a integridade das forças policiais e o envolvimento de autoridades com organizações criminosas. Para muitos, a situação reflete uma necessidade urgente de reformas nas instituições de segurança pública, além de uma maior fiscalização interna.
Com Rogerinho preso, as investigações continuam. A Corregedoria da Polícia Civil tem o desafio de apurar todos os detalhes que liguem ou não o agente às atividades do PCC. Enquanto isso, a sociedade acompanha o desenrolar do caso, que promete ainda trazer muitas revelações.
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