A madrugada deste sábado (26) foi de verdadeiro terror para quem mora no bairro do Lobato, no subúrbio ferroviário de Salvador. Um ataque de grandes proporções deixou todo mundo apavorado e mostrou que a violência anda sem limites na nossa cidade. Segundo relatos, cerca de 60 homens fortemente armados invadiram as regiões conhecidas como Jardim Lobato e Voluntários da Pátria, uma área que, infelizmente, já é chamada pelos moradores de “Corre ou Morre” — o nome já diz tudo sobre a situação por lá.
Esses criminosos chegaram atirando pra todo lado, usando fuzis, pistolas e até metralhadoras. O som dos tiros tomou conta da madrugada, e quem estava em casa teve que se jogar no chão, apagar as luzes e rezar pra não ser atingido. Além de disparar diversas vezes, os bandidos ainda tocaram fogo em quatro veículos, deixando a destruição completa. Seis outros carros também foram danificados e pichados com as iniciais da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que é quem estaria por trás desse ataque covarde.
Entre os carros incendiados, estava uma viatura descaracterizada da Polícia Civil. O veículo foi totalmente destruído pelo fogo, o que mostra o tamanho da ousadia dos criminosos. Eles não respeitam mais nada nem ninguém, nem a polícia. Para os moradores, foi um verdadeiro filme de terror, com rajadas de tiros e o medo batendo forte no peito.
Muitos moradores relataram que os tiros duraram bastante tempo, e o som das balas parecia não ter fim. Alguns se esconderam embaixo das camas, outros se trancaram nos banheiros, e muitos nem conseguiram dormir mais depois do susto. O medo tomou conta de todo mundo, e até agora a sensação é de desamparo.
De acordo com a Polícia Militar, o ataque foi muito bem planejado. Não foi algo feito no impulso, mas sim algo organizado, pesado e com o claro objetivo de mostrar força. A quantidade de homens e o arsenal de armas usados impressionam. Para quem estava no meio de tudo isso, parecia uma guerra.
A área do ataque, que já era conhecida pela violência, agora ficou ainda mais marcada pelo medo. Moradores contam que a sensação é de estar vivendo em uma zona de guerra, onde a qualquer momento pode acontecer outro tiroteio. Muitos pensam até em deixar suas casas, mas a realidade é que nem todo mundo pode simplesmente sair e recomeçar a vida em outro lugar.
Esse ataque no Lobato escancara o que a população já vem sentindo há muito tempo: a violência na Bahia, especialmente em Salvador e no subúrbio, está completamente fora de controle. Não é de hoje que casos como esse acontecem, mas a cada novo episódio, a brutalidade parece aumentar.
Ver viaturas da Polícia Civil sendo incendiadas e carros pichados por facções criminosas é um sinal claro de que a criminalidade não tem mais medo da polícia e, muito menos, do Estado. Quem sofre com isso, como sempre, é o povo trabalhador, que precisa se virar todos os dias pra sobreviver num cenário de terror.
Nas redes sociais e em conversas nas ruas, a palavra de ordem é uma só: socorro! Os moradores querem segurança, querem poder sair de casa sem medo, querem que seus filhos possam brincar na rua sem risco de serem atingidos por uma bala perdida. Eles cobram ações efetivas do governo e das forças de segurança.
Muita gente também se sente revoltada e cansada de promessas que nunca saem do papel. O sentimento é de abandono, de que a periferia é esquecida pelo poder público. Enquanto isso, facções criminosas aproveitam esse vácuo para espalhar ainda mais medo e violência.
Em nota, a Polícia Militar informou que reforçou o patrulhamento na região e que ações estão sendo feitas para identificar e prender os responsáveis pelo ataque. Viaturas da Rondesp, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT) foram enviadas para o Lobato ainda durante a madrugada.
A Polícia Civil também disse que abriu uma investigação para apurar o ataque e identificar os criminosos. A expectativa é que câmeras de segurança da região possam ajudar no trabalho de investigação.
Apesar das ações anunciadas, a população ainda se sente insegura e teme novos ataques. Muitos moradores relataram que, desde o acontecido, estão vivendo em alerta, com medo até de abrir a porta de casa.
Especialistas em segurança pública afirmam que esse tipo de ataque é, muitas vezes, resultado da guerra entre facções criminosas pela disputa de territórios. Com a presença cada vez maior do tráfico de drogas em Salvador e no interior da Bahia, esses grupos rivais travam batalhas violentas que colocam a vida da população em risco.
O Comando Vermelho, facção mencionada nas pichações, é uma das que vêm tentando expandir sua atuação na Bahia nos últimos anos. E isso tem trazido uma escalada de violência assustadora para o estado.
Diante de episódios como esse, fica claro que medidas urgentes precisam ser tomadas. Não dá mais para fechar os olhos para o que está acontecendo. Investimentos em segurança pública, ações sociais nas comunidades e políticas que realmente atinjam a raiz do problema são fundamentais para tentar reverter esse cenário.
Enquanto isso não acontece, quem mora no Lobato e em tantas outras regiões violentas da cidade vai continuar vivendo com medo, preso dentro de casa, sonhando com dias melhores.
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