O mundo da música perdeu, nesta segunda-feira (24), um de seus maiores nomes. O cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, referência global do reggae, morreu aos 81 anos após sofrer uma convulsão decorrente de um quadro de pneumonia. A informação foi confirmada por meio de um comunicado oficial divulgado pela família nas redes sociais do artista.
Segundo o texto assinado por sua esposa, Latifa, Cliff vinha enfrentando complicações de saúde, e seus últimos momentos foram acompanhados por equipes médicas. Ela agradeceu o carinho dos fãs e pediu privacidade neste período de luto. O comunicado, também assinado por Lilty e Aken, informou que novos detalhes serão divulgados posteriormente.
Jimmy Cliff deixa um legado incontestável na música mundial. Considerado um dos principais responsáveis por levar o reggae aos quatro cantos do planeta, o artista construiu uma carreira marcada pela inovação e pela força cultural. Ao longo de mais de seis décadas de trabalho, recebeu dois prêmios Grammy pelos álbuns Cliff Hanger (1985) e Rebirth (2012) — este último listado pela Rolling Stone como um dos “50 Melhores Álbuns de 2012”.
Além da música, Cliff marcou presença no cinema. Seu papel no clássico The Harder They Come (1972) contribuiu diretamente para a popularização do reggae no cenário internacional. Ele também atuou em Club Paradise (1986). Entre seus grandes sucessos estão “I Can See Clearly Now”, “Wonderful World, Beautiful People”, “You Can Get It If You Really Want” e a icônica faixa-título de The Harder They Come.
Em reconhecimento à sua importância histórica, Cliff recebeu a Ordem do Mérito, a maior honraria da Jamaica, e foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame, sendo um dos poucos jamaicanos presentes no seleto grupo, ao lado de Bob Marley.
A morte de Jimmy Cliff representa uma grande perda para a música, mas sua influência permanece viva — inspirando artistas, fãs e mantendo o reggae em evidência em todas as partes do mundo.
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