A Polícia Civil da Bahia prendeu o empresário Jailson Jau durante a Operação Primus

O empresário Jailson Couto Ribeiro, conhecido como Jailson Jau, foi preso nesta quinta-feira (16) durante a Operação Primus, conduzida pela Polícia Civil da Bahia. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava no setor de combustíveis e que, segundo as investigações, teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo informações do Informe Baiano, Jailson foi detido em Feira de Santana, onde é figura conhecida e recebeu o título de Cidadão Honorário. Natural de Iaçu, no interior da Bahia, o empresário ganhou destaque como um dos principais revendedores da Shell na América Latina e chegou a disputar a eleição para prefeito de sua cidade natal em 2020.

Além dele, outros cinco mandados de prisão foram cumpridos — três na Bahia, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.

🚨 Investigação bilionária e estrutura criminosa

As apurações apontam que o grupo empresarial investigado controlava cerca de 200 postos de combustíveis, usados como fachada para adulteração e comércio irregular de combustíveis, além de lavagem de dinheiro. O esquema teria conexões diretas com o PCC, considerada a maior facção criminosa do país.

Diante das provas reunidas, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores que somam R$ 6,5 bilhões, incluindo imóveis, contas bancárias e empresas envolvidas. O montante revela o alto poder econômico da organização investigada.

👮‍♂️ Operação de grande porte

Mais de 170 policiais civis participaram da operação, que teve o apoio da Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A ação envolveu diversas unidades especializadas, entre elas:

• Draco-LD (Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro);

• Deic (Investigações Criminais);

• Denarc (Repressão ao Narcotráfico);

• DHPP (Homicídios);

• Dip (Inteligência Policial);

• Depom, Depin, Polinter e COPJ.

A Operação Primus segue em andamento, e as autoridades buscam identificar novos envolvidos e rastrear o fluxo financeiro utilizado para sustentar o esquema criminoso.

A Polícia Civil reforçou que o objetivo é desarticular completamente a rede de lavagem de dinheiro e responsabilizar todos os integrantes da organização.