Com o fim do contrato da ViaBahia, o DNIT assume o comando das rodovias.
Com o fim do contrato da ViaBahia, o DNIT assume o comando das rodovias.

A partir desta quinta-feira, dia 15, os motoristas que circulam pelas rodovias BR-324 e BR-116, na Bahia, ganharam um alívio no bolso: o pedágio foi suspenso! A notícia veio junto com o rompimento do contrato entre o Governo Federal e a empresa que tomava conta dessas estradas, a ViaBahia. Com isso, quem trafega por esses trechos agora passa direto pelas praças de pedágio sem pagar nada.

Essa mudança impacta diretamente milhares de pessoas que usam essas rodovias todos os dias para trabalhar, estudar ou visitar familiares. As BRs-324 e 116 são duas das principais vias de ligação entre a capital Salvador e várias cidades do interior da Bahia. Ou seja, a gratuidade no pedágio vai beneficiar muita gente.

O motivo principal da suspensão do pedágio foi o fim do contrato de concessão com a empresa ViaBahia, que até então era a responsável pela administração, manutenção e cobrança nas rodovias. Segundo o Ministério dos Transportes, a empresa não vinha cumprindo com todas as obrigações previstas no contrato, e por isso, a concessão foi encerrada.

Agora, a responsabilidade por cuidar dessas estradas passa a ser do DNIT — Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Esse órgão do governo federal vai cuidar da manutenção, conservação e fiscalização das rodovias, até que uma nova empresa seja contratada por meio de uma nova licitação.

Uma das maiores preocupações da população era se, com a saída da ViaBahia, as estradas ficariam abandonadas. Mas o Ministério dos Transportes já confirmou que os serviços básicos de manutenção vão continuar sendo feitos. Entre as ações previstas estão:

  • Operações tapa-buracos

  • Melhoria na sinalização (placas e faixas de pista)

  • Limpeza da pista e dos acostamentos

  • Roçagem do mato ao redor das vias

  • Pintura dos meios-fios

  • Limpeza e desentupimento dos bueiros

  • Cuidados com a drenagem para evitar alagamentos

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O objetivo é garantir que quem passa por essas rodovias continue trafegando com segurança, mesmo sem o pedágio.

Quem usa as BRs-324 e 116 sabe bem o quanto o pedágio pesava no orçamento. Em algumas regiões, era preciso pagar mais de uma vez por dia, dependendo do trajeto. Com a gratuidade, esse custo deixa de existir, e isso faz uma baita diferença no fim do mês — especialmente para quem depende da estrada para trabalhar, como motoristas de aplicativo, caminhoneiros e vendedores ambulantes.

Além disso, a decisão também ajuda a economia local, pois facilita o transporte de mercadorias e produtos entre a capital e o interior. É uma medida que beneficia tanto os trabalhadores quanto os comerciantes.

Por enquanto, não há uma data definida para o fim da gratuidade. O que se sabe é que o Governo Federal vai abrir um novo processo de licitação para escolher uma empresa que possa assumir a concessão dessas rodovias. Esse processo pode levar meses — ou até mais de um ano — para ser finalizado, já que envolve muitos trâmites legais e técnicos.

Enquanto isso, o DNIT continuará cuidando das estradas. O governo garantiu que vai manter a qualidade mínima dos serviços nas BR-324 e BR-116 até que a nova empresa assuma.

A principal mudança é que não será mais preciso parar nas praças de pedágio nem pagar a tarifa. Os motoristas já podem seguir direto, sem precisar pegar moedas, cartões ou dinheiro. As cancelas estão liberadas, e as cabines não estão mais funcionando.

Além disso, os serviços de emergência e guincho, que antes eram prestados pela ViaBahia, agora não estão mais disponíveis da mesma forma. Caso haja algum acidente ou problema na pista, será necessário acionar a Polícia Rodoviária Federal ou os serviços de emergência locais.

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Esse é um ponto polêmico. Durante anos, a ViaBahia arrecadou milhões de reais com os pedágios. Segundo muitos motoristas e especialistas, o valor cobrado não se refletia na qualidade do serviço. As rodovias estavam cheias de buracos, com má sinalização e falta de estrutura adequada. Isso gerava revolta em quem precisava trafegar por lá todos os dias.

Com o rompimento do contrato, o Governo Federal pretende fazer uma nova licitação que garanta mais transparência, compromisso e, principalmente, qualidade no serviço prestado. A expectativa é que a próxima empresa seja mais comprometida com a conservação das vias e o bem-estar dos motoristas.

A notícia foi recebida com muita comemoração nas redes sociais. Motoristas e moradores de cidades próximas às rodovias celebraram o fim do pedágio e compartilharam suas experiências. Muitos relataram que já estavam cansados de pagar caro por um serviço que não oferecia retorno à altura.

Nas palavras de um morador de Feira de Santana:
“Pago todo dia esse pedágio e nunca vi melhoria na pista. Agora, pelo menos, não tiro mais dinheiro do bolso pra isso.”

Com a gratuidade, a expectativa é que o trânsito fique mais fluido e mais pessoas utilizem as BRs-324 e 116, já que o custo caiu. Por outro lado, também aumenta a responsabilidade do governo em manter as estradas seguras e bem cuidadas. O desafio agora é equilibrar o tráfego com a conservação, sem deixar que as vias se deteriorem.

O fim do pedágio também abre espaço para uma discussão mais ampla sobre como as concessões são feitas e fiscalizadas no Brasil. Afinal, é o dinheiro do povo que está em jogo, e ele deve ser bem investido.

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