Vereadores de Camaçari repudiam ataque a professora após aula sobre cultura afro-brasileira
Vereadores de Camaçari repudiam ataque a professora após aula sobre cultura afro-brasileira

Na manhã desta quinta-feira (28), os vereadores de Camaçari se reuniram na 14ª Sessão Ordinária para debater temas importantes, entre eles, o caso de preconceito religioso sofrido pela professora Sueli Santana, da Rede Municipal de Ensino. O ponto alto da sessão foi a aprovação da Moção de Repúdio Nº022/2024, que condena o episódio em que a educadora foi apedrejada por alunos após ministrar uma aula sobre cultura afro-brasileira na Escola Rural Boa União.

O que aconteceu?

A professora Sueli Santana estava apenas cumprindo a legislação, que prevê o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, quando foi atacada de forma violenta por estudantes. O caso, ocorrido na Escola Rural Boa União, gerou grande repercussão, levando a Câmara Municipal de Camaçari a tomar uma posição firme contra o ato de intolerância religiosa e preconceito.

O vereador Tagner (PT), autor da moção, fez um discurso emocionado e contundente sobre a necessidade de combater o racismo estrutural e a intolerância religiosa. Ele ressaltou que o ataque à professora não pode ser ignorado e que a sociedade precisa agir para evitar que atitudes como essa se repitam.

“A professora estava apenas cumprindo uma lei e foi covardemente atacada. Temos que repudiar essas atitudes e enfrentar o racismo estrutural. Vivemos em um estado laico, e é fundamental respeitar todas as religiões e crenças. Precisamos acolher a professora Sueli, promover debates e combater esse tipo de comportamento. As crianças não nascem racistas, isso é resultado do ambiente em que vivem. Nosso papel é pregar o amor, a paz e o respeito”, declarou o vereador.

A Lei nº 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas do país. O objetivo é resgatar as contribuições de povos africanos na formação da identidade brasileira e combater o preconceito racial e religioso. No entanto, casos como o de Sueli Santana mostram que ainda há muito a ser feito para que essas diretrizes sejam respeitadas e efetivamente aplicadas.

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O ataque à professora revela a necessidade urgente de debates mais amplos sobre intolerância, racismo e preconceito nas escolas, envolvendo não apenas alunos, mas também pais e toda a comunidade escolar.

 

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