Esquema incluía depósitos via PIX e bebidas alcoólicas.
Esquema incluía depósitos via PIX e bebidas alcoólicas.

Um capitão da Polícia Militar da Bahia foi condenado a cinco anos de prisão e perdeu o cargo após ser acusado de cobrar propina para liberar festas de paredão em Santa Cruz Cabrália, no extremo sul do estado.

A decisão, publicada na última terça-feira (9) pela Justiça Militar, atendeu a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA). O oficial identificado como Fabrício Carlos Santiago dos Santos atuava como comandante da 4ª Companhia da PM no município e teria chefiado um esquema de cobrança irregular.

Segundo investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais), entre junho de 2023 e fevereiro de 2024, o capitão recebeu depósitos via PIX que variavam entre R$ 135 e R$ 500. Além do dinheiro, comerciantes ainda eram obrigados a entregar caixas de cerveja e outras bebidas como forma de pagamento.

O esquema era conhecido como “Toddy”, uma espécie de código usado pelo próprio militar para identificar os pagamentos durante as conversas com os organizadores das festas.

De acordo com o MP-BA, o crime de corrupção passiva foi praticado ao menos 13 vezes. A Justiça também decretou a prisão preventiva do capitão, alegando a necessidade de resguardar a ordem pública diante da gravidade das acusações.

Essa não foi a primeira vez que o oficial se envolveu em irregularidades. Ele já havia sido condenado anteriormente por corrupção passiva, com pena de seis anos de prisão, e ainda responde a outras quatro ações penais que tramitam na 1ª Vara de Auditoria Militar.

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