Na manhã desta quarta-feira (14), o que parecia ser uma vida de novela chegou ao fim para um dos criminosos mais procurados da Região Metropolitana de Salvador. Bruno Teixeira da Silva, conhecido por comandar uma facção que atua em Camaçari, foi capturado numa operação que envolveu policiais da Bahia e de São Paulo. A prisão aconteceu em grande estilo: dentro de uma cobertura avaliada em R$ 5 milhões, no bairro da Vila Leopoldina, uma das áreas mais chiques da capital paulista.
Mas a história não para por aí. O detalhe que mais chamou a atenção foi o “trisal” — sim, ele estava morando com duas mulheres, que se apresentavam como suas companheiras. Enquanto a polícia cercava o imóvel, Bruno aproveitava os últimos momentos da vida de luxo ao lado de suas “esposas”. Acabou o glamour, o dinheiro fácil e o conforto. Agora, o trio vai ter que se explicar para a Justiça.
Essa prisão não aconteceu do nada. Ela foi resultado de uma megaoperação chamada “Mente Bloqueada”, realizada pelas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) da Bahia e de São Paulo, com o suporte da Polícia Civil da Bahia (DHPP) e da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Há muito tempo as autoridades estavam de olho em Bruno. Ele já tinha três mandados de prisão em aberto e é apontado como responsável por diversos crimes de alta periculosidade. Entre eles: tráfico de drogas, tráfico de armas, homicídios, sequestros, lavagem de dinheiro, roubo e até corrupção de menores. Ou seja, ele não era um bandido qualquer — era um dos “cabeças” da criminalidade em Camaçari.
Apesar da prisão ter acontecido em São Paulo, os crimes que Bruno respondia eram, em grande parte, cometidos na Bahia. Em 2017, ele chegou a ser preso no Ceará, mas conseguiu responder aos processos em liberdade. Desde então, vivia escondido e usava documentos falsos para se manter longe dos olhos da Justiça.
Mesmo foragido, ele continuava controlando a facção à distância. De dentro da cobertura milionária, comandava o crime, dava ordens e mantinha o estilo de vida luxuoso que muitos chefes de organizações criminosas costumam ostentar. Mas dessa vez não teve jeito: o cerco se fechou e a polícia agiu com precisão.
Durante a abordagem, os policiais encontraram diversos itens que mostram o alto padrão de vida que o criminoso levava. No apartamento, foram apreendidos:
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Dinheiro em espécie
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Peças de ouro
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Celulares de última geração
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Vários documentos falsos
Esse material será analisado pelas equipes de investigação e pode ajudar a descobrir mais informações sobre como Bruno lavava o dinheiro e quem fazia parte do esquema. O que se sabe, até agora, é que ele gostava de viver como um rei, mesmo sendo procurado por crimes graves.
Bruno Teixeira teve tudo para mudar de vida: dinheiro, liberdade, oportunidades. Mas escolheu o caminho errado e acabou preso, mesmo vivendo como “rei” ao lado de duas mulheres em um dos bairros mais caros de São Paulo.
Agora, ele vai precisar encarar a realidade. A cobertura milionária ficou para trás. O “trisal do crime” virou manchete de jornal. E a Justiça, como sempre, continua no encalço de quem tenta viver à margem da lei.
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