O resultado foi um superávit de US$ 4,06 bilhões na balança comercial com o principal parceiro do Brasil.
O resultado foi um superávit de US$ 4,06 bilhões na balança comercial com o principal parceiro do Brasil.

A balança comercial brasileira registrou saldo positivo em agosto, impulsionada pelo aumento das compras chinesas. As exportações nacionais somaram US$ 227,6 bilhões entre janeiro e agosto de 2025, o maior resultado da série histórica, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Apenas em agosto, período marcado pela entrada em vigor das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, as aquisições chinesas de produtos brasileiros saltaram 29,9%. Nesse mesmo mês, as exportações para China, Hong Kong e Macau chegaram a US$ 9,6 bilhões, enquanto as importações caíram 5,8%, totalizando US$ 5,54 bilhões. O resultado foi um superávit de US$ 4,06 bilhões na balança comercial com o principal parceiro do Brasil.

O comércio entre os dois países movimentou US$ 15,13 bilhões em agosto, crescimento de 14,1% na comparação com 2024. Já em relação aos Estados Unidos, o cenário foi diferente: as exportações brasileiras recuaram 18,5%, somando US$ 2,76 bilhões.

No acumulado do ano, o país exportou 0,5% a mais que em 2024, mas também registrou aumento das importações, que atingiram US$ 184,8 bilhões, alta de 6,9%. Com isso, a corrente de comércio chegou a US$ 412,4 bilhões, avanço de 3,2%.

Exportações por setor

Em agosto, a Agropecuária cresceu 8,3%, a Indústria Extrativa avançou 11,3% e a Indústria de Transformação caiu 0,9%. Já no acumulado do ano, houve aumento de 0,4% na Agropecuária e de 4% na Indústria de Transformação, mas retração de 7,2% na Indústria Extrativa.

Importações por setor

No mesmo período, as importações agrícolas avançaram 0,4%, enquanto a Indústria Extrativa cresceu 26,5%. A Indústria de Transformação, no entanto, registrou queda de 3,8%. De janeiro a agosto, o destaque foi para a alta de 8,9% na Indústria de Transformação e 9,2% na Agropecuária, contrastando com a queda de 21,6% na Extrativa.

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Os números reforçam a dependência brasileira do mercado chinês, que segue como destino central das exportações, em um cenário marcado por mudanças no comércio internacional.

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