A partir da próxima segunda-feira, 2 de dezembro, o gás de cozinha vai pesar ainda mais no orçamento das famílias baianas. De acordo com o Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (Sinrevgas), o preço do botijão terá um reajuste de R$ 6 a R$ 7 para o consumidor final.
Esse novo aumento acontece porque a Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, anunciou um reajuste de 9,47% no preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para as distribuidoras. A medida já entra em vigor nesta segunda-feira e promete impactar diretamente o preço final para os consumidores.
De onde vem o aumento?
A Acelen explicou que o aumento no preço do gás segue critérios de mercado, considerando fatores como:
- Custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais;
- Variação cambial, especialmente o dólar, que influencia diretamente o custo;
- Frete, que também tem impacto significativo nos valores finais.
Ainda segundo a empresa, esses critérios podem levar a variações de preço tanto para cima quanto para baixo. No entanto, os últimos meses têm mostrado que, na prática, os aumentos estão sendo constantes e preocupam cada vez mais os consumidores.
O último aumento no preço do gás de cozinha aconteceu em outubro deste ano, quando o valor subiu 10,5% nas distribuidoras. Na época, o impacto para o consumidor foi de aproximadamente R$ 8 por botijão, fazendo a média de preço saltar de R$ 142 para R$ 150.
Com o novo reajuste, o valor médio do gás deve ultrapassar os R$ 155 em algumas cidades, tornando ainda mais difícil para as famílias manterem suas despesas básicas.
Por que o gás de cozinha fica tão caro?
A alta no preço do gás de cozinha tem várias causas. Além dos critérios mencionados pela Acelen, outros fatores contribuem para o aumento, como:
- Alta do petróleo no mercado internacional: O Brasil, mesmo sendo um grande produtor de petróleo, tem parte de seus preços atrelados ao mercado externo. Quando o valor do barril sobe lá fora, isso reflete aqui.
- Dólar em alta: Como o petróleo é comercializado em dólar, qualquer variação na moeda impacta diretamente os custos.
- Custos logísticos: O transporte do gás até as distribuidoras e, posteriormente, até os consumidores também tem seus custos elevados, principalmente com o aumento no preço dos combustíveis.
Esses fatores, combinados, tornam o gás de cozinha um item cada vez mais caro no orçamento das famílias brasileiras, especialmente em estados como a Bahia.
DEIXE O SEU COMENTÁRIO