Homem com faca causa pânico ao limpar peixe em meio a banhistas em Guarajuba

Banhistas que aproveitavam a Praia de Guarajuba, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, viveram momentos de tensão na última terça-feira (30). Um homem foi visto limpando um peixe de grande porte — com quase um metro de comprimento — em plena faixa de areia, cercado por dezenas de pessoas. A situação se agravou quando ele passou a circular com uma faca em punho, assustando turistas e moradores.

De acordo com relatos, um turista estrangeiro chegou a se aproximar do homem e teria sido intimidado com gritos e gestos ameaçadores. Guarajuba é conhecida por ser um destino familiar bastante procurado, principalmente em períodos de alta temporada, o que aumentou ainda mais o impacto da cena.

Uma turista de Brasília contou que a praia estava lotada quando o homem se dirigiu às piscinas naturais carregando o peixe em uma mão e a faca na outra. No local, ele começou a retirar escamas e vísceras, arremessando os resíduos em direção às pessoas que estavam próximas.

O clima de medo tomou conta do ambiente. Crianças começaram a chorar, banhistas saíram da água às pressas e turistas se afastaram com receio de uma possível agressão. Duas mulheres relataram que tentaram encontrar policiais, mas não havia policiamento visível na área naquele momento.

“Não vimos nenhum agente de segurança por perto. Comerciantes disseram que não conheciam o homem e orientaram procurar ajuda na Barraca do Carlinhos”, relatou a turista. Após a ação de seguranças privados do estabelecimento, o homem foi convencido a deixar o local, evitando que a situação se agravasse.

Testemunhas classificaram o episódio como lamentável e perigoso. “É triste ver uma praia tão famosa, cheia de famílias, sem policiamento, deixando todos vulneráveis a uma situação dessas”, afirmou uma banhista. Felizmente, ninguém ficou ferido.

Especialistas lembram que o descarte irregular de resíduos em praias pode ser considerado infração ambiental. O Decreto nº 6.514/2008 prevê penalidades para práticas que dificultem ou impeçam o uso público desses espaços. As informações iniciais foram divulgadas pelo jornal Correio.