A influenciadora digital Melissa Said foi presa nesta quinta-feira (23) por equipes da Polícia Civil durante a Operação Erva Afetiva, no bairro de Itapuã, em Salvador. Com essa prisão, sobe para cinco o número de detidos ligados ao grupo criminoso que promovia a apologia e venda de drogas nas redes sociais.
A captura foi realizada pela Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (1ª DTE/Atlântico), vinculada ao Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (DENARC). A influenciadora, que estava foragida da Justiça, foi encontrada escondida na casa de uma amiga. Após ser detida, ela foi levada à sede do DENARC, onde está sendo interrogada.
A Operação Erva Afetiva, iniciada na quarta-feira (22), tem como objetivo desarticular uma organização criminosa interestadual envolvida no tráfico de drogas e na promoção do uso de entorpecentes online. No total, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, sendo cinco em Salvador e cinco em São Paulo, além de cinco mandados de prisão.
Entre os alvos, estavam dois homens presos em Lauro de Freitas e dois no estado de São Paulo. Um dos suspeitos capturados na Região Metropolitana de Salvador também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.
Melissa Said, que possui mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, é apontada pela polícia como uma das articuladoras do grupo criminoso. Segundo as investigações, iniciadas em 2024, a influenciadora incentivava o consumo e transporte de drogas, além de ensinar seus seguidores a evitar fiscalizações policiais.
A polícia informou ainda que Melissa já havia sido flagrada anteriormente com drogas no aeroporto, e fazia apologia ao uso de entorpecentes em suas plataformas. As investigações indicam que ela comprava maconha de fornecedores na Bahia e em São Paulo e revendia a seguidores por meio de contatos em redes sociais.
Em um episódio ocorrido no Natal passado, a influenciadora chegou a distribuir “kits” de maconha nas ruas, em uma ação considerada pela polícia como autopromoção criminosa.
De acordo com o diretor do DENARC, Ernandes Reis, a prisão representa “o resultado de um trabalho de inteligência e monitoramento constante, que permitiu localizar a suspeita e efetuar a captura de forma segura e sem incidentes”.
A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e ampliar o combate à apologia e comercialização de drogas nas redes sociais.
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