O advogado criminalista e influenciador digital João Francisco de Assis Neto, conhecido como João Neto, foi condenado a quatro anos e dois meses de reclusão por violência doméstica contra sua ex-companheira, Adriana Bernardo Santos. A decisão foi proferida nesta terça-feira (3) pelo 2º Juizado de Combate à Violência Doméstica de Maceió, Alagoas.
A ação penal foi movida pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio da 40ª Promotoria de Justiça da capital, representada pelo promotor Magno Alexandre Moura. Segundo o MP, João Neto protagonizou um relacionamento abusivo, cujos episódios de agressão foram considerados graves e fundamentaram a sentença.
Além da pena de prisão, a Justiça determinou que o réu deverá pagar R$ 40 mil de indenização por danos morais à vítima, e mais uma pensão única de R$ 20 mil, para custeio de moradia, alimentação e outras necessidades básicas de Adriana Bernardo.
O promotor Magno Moura destacou que a condenação representa uma resposta contundente do sistema judiciário no enfrentamento à violência contra a mulher. “É fundamental compreender que quando uma mulher é agredida, toda a sociedade é atingida. O Ministério Público não tolerará esse tipo de violência”, afirmou o promotor.
João Neto, de 47 anos, chegou a ser preso em flagrante no dia 14 de abril, após imagens das agressões serem registradas por câmeras de segurança de um prédio residencial em Maceió. Ele foi libertado no dia 13 de maio por decisão judicial, mas continuará respondendo pelos crimes com as devidas restrições previstas na sentença.
O caso gerou grande repercussão pública, sobretudo pelo fato de o acusado atuar como influenciador digital nas redes sociais. A condenação reforça a importância das denúncias e da ação firme das autoridades no combate à violência doméstica, ainda tão presente na realidade brasileira.
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