O “Caso do Ferro-Velho” ganhou grande repercussão em 2024 após os corpos de dois funcionários, desaparecidos após uma discussão com o empresário
O “Caso do Ferro-Velho” ganhou grande repercussão em 2024 após os corpos de dois funcionários, desaparecidos após uma discussão com o empresário

O empresário Marcelo Batista, dono de um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador, voltou a ser alvo de novas investigações dentro do sistema prisional baiano.  Acusado pelo desaparecimento e morte de dois trabalhadores — caso que ficou conhecido como o “Caso do Ferro-Velho” —, ele agora é investigado por tentativa de suborno a agentes penitenciários.

Segundo informações apuradas, o episódio ocorreu na Cadeia Pública da Mata Escura, onde Marcelo está detido. Na última terça-feira (14), ele teria oferecido R$ 5 mil a um servidor da unidade prisional em troca de benefícios, como a inclusão na equipe de presos que realiza atividades laborais internas.

O agente, no entanto, recusou o valor e imediatamente comunicou o fato à Coordenação de Segurança. Mesmo após a negativa, Marcelo teria insistido na prática. No dia seguinte (quarta-feira, 15), durante o deslocamento para prestar esclarecimentos à direção da unidade, ele tentou subornar outro policial oferecendo a mesma quantia.

Diante da reincidência, a direção da Cadeia Pública determinou que o interno fosse levado à Central de Flagrantes, onde foram adotadas as medidas legais cabíveis. Após prestar depoimento, Marcelo foi reconduzido ao Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde permanece à disposição da Justiça.

Em nota oficial, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) confirmou o ocorrido e destacou que “todas as providências necessárias estão sendo tomadas para preservar a ordem e a integridade do sistema prisional”. O órgão informou ainda que o caso seguirá sendo apurado internamente, e reforçou o compromisso de tolerância zero com práticas de corrupção dentro das unidades prisionais do estado.

O “Caso do Ferro-Velho” ganhou grande repercussão em 2024 após os corpos de dois funcionários, desaparecidos após uma discussão com o empresário, serem localizados em condições suspeitas. Desde então, Marcelo Batista responde por duplo homicídio e ocultação de cadáver, além de agora somar a acusação de corrupção ativa dentro do presídio.

Leia Também:  Operação Contragolpe: PF Desvenda Plano de Golpe de Estado

A nova denúncia aumenta a pressão sobre a defesa do empresário e reforça o cerco da Justiça contra tentativas de benefício ilícito dentro do sistema carcerário.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO