Caso choca a Bahia e está sob investigação da Polícia Civil.
Caso choca a Bahia e está sob investigação da Polícia Civil.

Uma tentativa de feminicídio deixou os moradores de Itabuna, no sul da Bahia, em choque no último domingo (19). Joelma Vieira Santos, de 45 anos, sobreviveu após ser sequestrada, agredida e enterrada viva pelo ex-companheiro, Carlos Alberto Almeida Vasconcelos.

De acordo com informações da polícia, Joelma e uma amiga caminhavam do bairro Santo Antônio em direção ao Centro da cidade quando foram surpreendidas por Carlos Alberto, que estava armado com uma faca. Ele teria ameaçado as duas, o que fez com que a amiga conseguisse fugir, enquanto Joelma foi levada à força para uma área isolada às margens da BR-101.

No local, o homem espancou e estrangulou a vítima com um golpe conhecido como “mata-leão”. Em seguida, amarrou uma corda no pescoço dela e a enterrou em uma cova rasa, acreditando que estivesse morta.

Joelma, no entanto, recuperou a consciência dentro da cova e conseguiu se libertar. Ferida e em choque, ela conseguiu chegar até a casa da mãe, que acionou a Polícia Militar e o SAMU. A mulher foi encaminhada ao Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM), onde permaneceu internada até terça-feira (21). Já em casa, ela segue em recuperação física e emocional.

Em depoimento à Polícia Civil, Joelma contou que manteve um relacionamento de 11 meses com o agressor, mas que haviam se separado recentemente. O crime, segundo ela, aconteceu porque o homem não aceitava o fim do relacionamento.

Familiares relataram ainda que Carlos Alberto tem ligações com o tráfico de drogas, informação confirmada pelas autoridades locais. O caso está sendo apurado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e pela Delegacia de Homicídios de Itabuna, que já trabalham para localizar e prender o suspeito.

Leia Também:  Após anos de fuga, “Chiquinho” foi capturado em Camaçari

O episódio reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher e a importância das denúncias de ameaças e perseguições antes que casos como esse aconteçam.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO