Durante uma ação conjunta nesta segunda-feira (27), dois postos de combustíveis foram interditados em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, como parte da Operação Posto Legal. A força-tarefa foi conduzida pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Instituto Baiano de Metrologia (Ibametro) e Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Entre os estabelecimentos fechados está um posto pertencente a Pedro Henrique Ramos Ribeiro, filho de Jaílson Couto Ribeiro, conhecido como Jau — preso na Operação Primus por suspeita de envolvimento em um esquema de adulteração e venda irregular de combustíveis.
De acordo com as investigações, desde 2024 Jau deixou de adquirir combustíveis da Shell, mas continuou utilizando a bandeira da empresa sem autorização. A Raízen, distribuidora oficial da Shell no Brasil, moveu uma ação judicial contra ele por uso indevido da marca.
Além disso, Jau é alvo de outras investigações, incluindo as operações Carbono Oculto e Tank, ambas conduzidas pela Polícia Federal. O empresário também tentou carreira política, disputando a prefeitura de Iaçu em 2020 e 2024, e apoiou o deputado federal Dal Barreto (União Brasil) nas eleições de 2022 — político investigado pela Operação Overclean e proprietário de uma rede de postos.
Ligação com o PCC
A Polícia Civil da Bahia apura ainda a suposta associação de Jau com o empresário Mohamad Houssein Mourad, conhecido como Primo, apontado como ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A suspeita é de que ambos atuavam juntos na comercialização de combustíveis no estado, em uma rede paralela de abastecimento que movimentava milhões.
A Operação Posto Legal tem como objetivo fiscalizar irregularidades em revendas de combustíveis em toda a Bahia, garantindo transparência e segurança ao consumidor. As investigações seguem em andamento, e novos desdobramentos não estão descartados.
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