Quem depende do transporte público em Abrantes e Jauá sabe muito bem o que é enfrentar desafios diários para se locomover. A situação precária da frota da Expresso Vitória, que atende essas localidades, tem gerado revolta entre os passageiros. Com ônibus sucateados e mal conservados, a empresa parece ignorar completamente o básico: oferecer um serviço seguro, confortável e digno para os usuários.
O flagrante do coletivo 3676: um exemplo do descaso
Na última segunda-feira (18), a nossa redação flagrou o coletivo 3676, que faz parte da frota da Expresso Vitória, em estado deplorável. Os problemas encontrados são um verdadeiro reflexo do descaso:
- Assentos deteriorados: muitos bancos apresentam estofados rasgados e estruturas enferrujadas, tornando o uso desconfortável e até perigoso.
- Vidros sujos: a sujeira acumulada compromete a visibilidade e reforça a falta de manutenção básica nos veículos.
- Infiltrações no piso: em dias de chuva, o chão do ônibus literalmente vira uma cachoeira, prejudicando ainda mais a experiência dos passageiros.
Essas condições precárias não são apenas um incômodo, mas colocam em risco a segurança e a saúde de quem depende do transporte público.
O problema com a frota da Expresso Vitória não é novidade e, infelizmente, não se limita ao ônibus 3676. Moradores de Abrantes e Jauá relatam que os veículos designados para a região costumam ser os mais velhos e problemáticos da frota.
Enquanto outras localidades recebem ônibus mais novos e em melhores condições, essas comunidades são obrigadas a utilizar veículos deteriorados, reforçando um sentimento de abandono. Essa situação gera indignação e questionamentos sobre as prioridades da empresa.
É evidente que a Expresso Vitória tem priorizado o lucro em detrimento do bem-estar dos passageiros. A falta de investimentos em manutenção e renovação da frota demonstra que a empresa não está preocupada em oferecer um serviço de qualidade.
Além disso, a ausência de ações concretas para resolver os problemas mostra que o conforto e a segurança dos passageiros não são prioridades. Esse comportamento é inadmissível para uma empresa que opera em um setor essencial como o transporte público.
Papel do poder público na fiscalização
Embora a responsabilidade inicial seja da Expresso Vitória, o poder público também precisa agir para garantir que empresas de transporte cumpram seus deveres. A fiscalização é essencial para evitar que situações como essa continuem acontecendo.
Os moradores de Abrantes e Jauá esperam que as autoridades locais tomem medidas imediatas para cobrar melhorias da empresa. Isso inclui não apenas a renovação da frota, mas também a implementação de um plano de manutenção regular para evitar que problemas similares ocorram no futuro.
O que os passageiros de Abrantes e Jauá merecem?
Os usuários do transporte público não estão pedindo luxo, mas o mínimo: respeito e dignidade. Ter acesso a ônibus limpos, seguros e bem conservados deveria ser uma realidade básica para qualquer passageiro.
A situação atual da frota da Expresso Vitória vai contra o princípio básico de um transporte público eficiente, que é garantir a mobilidade da população com qualidade.
Como os moradores podem cobrar mudanças?
Para pressionar a Expresso Vitória e as autoridades, os passageiros de Abrantes e Jauá podem tomar algumas iniciativas:
- Denúncias: registrar reclamações formais em órgãos responsáveis, como a Agência Estadual de Regulação (AGERBA).
- Mobilização comunitária: organizar abaixo-assinados ou grupos de discussão para dar visibilidade ao problema.
- Uso das redes sociais: compartilhar fotos e relatos para chamar a atenção da mídia e de autoridades.
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