O processo para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode passar por uma grande transformação nos próximos meses. Um projeto baiano chamado “CNH + Acessível”, desenvolvido pelo Sindicato das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores da Bahia (Sindauto), foi apresentado ao Governo Federal e promete reduzir em até 67% o custo e pela metade o tempo necessário para conquistar o documento.
A proposta foi entregue em reunião realizada no dia 8 deste mês, na sede da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), em Brasília. O principal objetivo do projeto é desburocratizar o processo de habilitação, tornando-o mais acessível à população, sem comprometer a segurança no trânsito.
De acordo com o presidente do Sindauto, Wellington Oliveira, o tema já vinha sendo debatido internamente, mas foi agora que o governo demonstrou abertura para avaliar as mudanças. Caso seja implementado, o novo modelo também pode preservar cerca de 300 mil empregos no setor em todo o país.
A proposta surge em meio às discussões sobre o fim da obrigatoriedade das autoescolas — algo que o Governo Federal vem avaliando para modernizar o processo de formação de condutores. Atualmente, a autoescola é o único caminho legal para obter a CNH no Brasil.
O CNH + Acessível pretende mudar esse cenário. A ideia é reduzir as etapas obrigatórias de oito para cinco, além de permitir aulas teóricas online e menos horas de treinamento prático. Segundo cálculos do Sindauto, o custo para tirar a habilitação categoria A (motos) cairia até 67%, enquanto a categoria B (carros) ficaria 65% mais barata, considerando os preços médios atuais.
O projeto ainda está em análise, mas representa uma possível revolução na forma como os brasileiros conquistam o direito de dirigir — unindo acessibilidade, tecnologia e agilidade ao processo.
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