A investigação do triplo homicídio em Ilhéus, ocorrido em agosto na Praia dos Milionários, continua sem respostas definitivas, mesmo após novos desdobramentos. O laudo atualizado do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador trouxe elementos que colocam em xeque a acusação contra Thierry Lima da Silva, de 23 anos, preso dias após o crime.
O documento revelou que nenhum vestígio de DNA do suspeito foi encontrado nos corpos das vítimas ou nas facas recolhidas como possíveis armas utilizadas. Além disso, a perícia descartou violência sexual contra as mulheres e apontou que não há impressões digitais compatíveis com o acusado nos objetos analisados.
Essas lacunas enfraquecem a acusação, apesar da confissão inicial de Thierry. Os peritos destacaram que ainda não é possível confirmar se ele teria agido sozinho ou se outras pessoas podem ter participado do ataque brutal.
O caso, que chocou a região, ocorreu quando três mulheres foram assassinadas enquanto caminhavam pela orla da Praia dos Milionários, na zona sul da cidade. A prisão do jovem, à época, indicava um desfecho rápido, mas os novos resultados reabriram questionamentos.
Um especialista ouvido pela imprensa observou que, em ataques cometidos com faca, é comum o agressor deixar rastros de sangue ou até mesmo se ferir, o que não foi identificado neste caso. Novas amostras já foram encaminhadas para análise, e a Polícia Civil segue apurando o papel de Thierry e a possível participação de outros envolvidos.
Enquanto isso, familiares, moradores e autoridades locais aguardam respostas que possam trazer clareza e justiça em um dos crimes mais marcantes dos últimos anos em Ilhéus.
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