Moradores cobram retorno do transporte público.
Moradores cobram retorno do transporte público.

Na manhã desta quinta-feira (5), a comunidade do distrito de Parafuso, em Camaçari, realizou um protesto que interditou a BA-535 (Via Parafuso), na altura do km 13, sentido Salvador. A mobilização foi motivada pela suspensão da circulação dos ônibus da empresa Avanço, que deixou de atender a região desde o dia 1º de junho.

A manifestação começou por volta das 5h da manhã, com os moradores bloqueando a rodovia com queima de pneus e galhos de árvores, nas proximidades da fábrica da Bridgestone, que fica na entrada do distrito. Até as 7h45, a via ainda permanecia fechada, e equipes da Polícia Rodoviária Estadual estavam no local para garantir a segurança e monitorar o fluxo de veículos.

A principal queixa da população é a falta de transporte público após a retirada dos ônibus da linha Camaçari x Estação Mussurunga, o que tem causado sérios transtornos para quem depende do serviço para trabalhar, estudar ou acessar outros pontos da cidade. A decisão de interromper o itinerário foi tomada pela Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos da Bahia) com apoio da Prefeitura de Camaçari.

Segundo relatos de moradores, o aviso sobre a mudança foi feito pela própria Avanço por meio de cartazes nos pontos de ônibus. A comunidade, no entanto, afirma não ter sido consultada ou informada previamente de forma adequada, o que aumentou o sentimento de indignação.

“Estamos sendo prejudicados. Sem ônibus, muitos aqui não têm como ir para o trabalho. Isso é um descaso com a população de Parafuso”, disse uma moradora que participava do protesto.

A manifestação foi pacífica, mas impactou significativamente o trânsito na região, principalmente durante o horário de pico. Motoristas que seguiam sentido Salvador enfrentaram congestionamento e precisaram buscar rotas alternativas.

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O protesto representa mais um episódio de insatisfação popular com mudanças no sistema de transporte público da região metropolitana de Salvador, e levanta questionamentos sobre a forma como decisões são tomadas sem diálogo com as comunidades afetadas.

A população segue aguardando um posicionamento das autoridades locais sobre a possibilidade de retorno do serviço.

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