Na manhã desta quarta-feira (13), familiares e amigos de Paulo Daniel e Matusalém realizaram um protesto pacífico na estrada de Pirajá, próximo ao ferro-velho onde os dois trabalhavam antes de desaparecerem. O caso, que já completa dez dias sem respostas, tem mobilizado a comunidade local, que cobra mais agilidade nas investigações.
Com pneus e pedaços de madeira queimando, os manifestantes bloquearam totalmente a via, liberando apenas motociclistas enquanto os carros ficaram parados. A densa fumaça preta que subia no ar chamou a atenção de quem passava pela região, sendo vista até da BR-324. Apesar da tensão, o movimento foi acompanhado pela 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e manteve-se pacífico.
A falta de informações sobre o paradeiro de Paulo Daniel e Matusalém tem gerado uma mistura de revolta e tristeza entre os parentes. Fernanda, tia de Paulo Daniel, desabafou emocionada durante o protesto.
“São dez dias de angústia, sem respostas. Paramos nossa vida, não conseguimos voltar à nossa rotina. Só queremos uma resposta”, declarou.
Segundo Fernanda, os familiares têm se desdobrado na busca por pistas, percorrendo delegacias e cidades vizinhas. Apesar do esforço, até agora, nenhum avanço significativo foi divulgado pelas autoridades.
No mesmo dia do protesto, um exame de DNA realizado pela mãe de Paulo Daniel trouxe mais apreensão. Mari foi ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para verificar se o sangue encontrado em uma Land Rover branca pertence ao filho.
O veículo está sob investigação por apresentar vestígios de sangue no banco, levantando suspeitas sobre sua relação com o desaparecimento dos dois homens. A confirmação desse indício pode ser uma pista importante para a polícia, mas também aumentou a ansiedade das famílias, que temem por notícias ruins.
Entre os manifestantes, Kailane, esposa de Paulo Daniel, não escondeu a dor e a preocupação. Em lágrimas, ela pediu agilidade nas investigações e justiça para a família.
“Queremos entender o que aconteceu. Precisamos de uma resposta para seguir em frente”, desabafou.
A jovem mãe ainda ressaltou o impacto que a ausência de Paulo tem causado em sua rotina e na vida do filho.
O protesto, além de chamar a atenção para o caso, também foi um apelo às autoridades, especialmente ao secretário de Segurança Pública (SSP). Os familiares cobram mais empenho para solucionar o desaparecimento e evitar que outros casos semelhantes ocorram na região.
Embora a polícia esteja monitorando o caso, os parentes afirmam que a falta de atualizações e a demora nas investigações têm gerado descrédito e frustração. A comunidade local, solidária com a situação, tem apoiado a família, participando de manifestações e compartilhando informações nas redes sociais.
O sumiço de Paulo Daniel e Matusalém trouxe um clima de insegurança para os moradores de Pirajá e arredores. Muitos questionam como um desaparecimento pode ocorrer em plena luz do dia sem deixar rastros.
Além disso, o caso destaca a necessidade de reforçar ações de segurança e intensificar investigações, evitando que outras famílias enfrentem situações parecidas.
O que esperar das próximas investigações?
A expectativa é que o exame de DNA traga informações concretas sobre o desaparecimento. Enquanto isso, os familiares seguem pressionando as autoridades para que novas pistas sejam investigadas e os responsáveis, caso identificados, sejam punidos.
Além disso, o protesto foi uma forma de dar visibilidade ao caso e garantir que ele não caia no esquecimento. A luta das famílias de Paulo Daniel e Matusalém é também um alerta para que mais esforços sejam feitos para proteger os trabalhadores da região.
DEIXE O SEU COMENTÁRIO