A ação envolveu várias forças policiais e busca combater o crime organizado dentro e fora das cadeias.
A ação envolveu várias forças policiais e busca combater o crime organizado dentro e fora das cadeias.

Na noite do último sábado (26), a polícia deu um duro golpe na criminalidade dentro dos presídios da Bahia. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), junto com a Polícia Militar, a Polícia Civil e os setores de inteligência da Seap e da Secretaria da Segurança Pública (SSP), botaram pra quebrar e deflagraram a chamada Operação Égide.

O principal objetivo dessa ação foi identificar e desmontar possíveis articulações feitas por presos com criminosos que incendiaram vários carros no bairro do Lobato, em Salvador, inclusive uma viatura da própria Polícia Civil.

A movimentação começou à noite, quando equipes formadas por Policiais Penais do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP), policiais do serviço comum e o pessoal do Batalhão de Choque da Polícia Militar se espalharam por quatro unidades prisionais no Complexo Penitenciário da Mata Escura.

Eles realizaram revistas surpresa nas celas dos presos, com o intuito de encontrar qualquer tipo de material que pudesse provar o envolvimento dos detentos nos ataques.

Foram vasculhadas celas inteiras, cama por cama, roupa por roupa, tudo para não deixar passar nenhum celular, bilhete ou qualquer item suspeito que pudesse estar sendo usado para coordenar ações criminosas fora das grades.

Nos últimos dias, o bairro do Lobato, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, viveu momentos de terror. Vários carros foram incendiados em diferentes pontos do bairro, incluindo uma viatura da Polícia Civil.

As investigações apontaram que esses ataques não aconteceram por acaso. Há fortes indícios de que detentos, mesmo presos, continuavam mandando ordens para comparsas do lado de fora. O fogo nos veículos seria uma espécie de resposta ou demonstração de força.

Com essa informação nas mãos, as autoridades resolveram agir rápido para tentar cortar o mal pela raiz e evitar que novos ataques acontecessem.

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A operação foi grande e contou com várias forças de segurança trabalhando juntas. Além dos Policiais Penais do GEOP e do pessoal do Batalhão de Choque, também participaram:

  • Policiais penais da Central de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (CMEP);

  • Agentes da Coordenação de Monitoração e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP);

  • Policiais do Batalhão de Guardas;

  • Equipes do Grupamento de Patrulhamento Aéreo (Graer).

Todo mundo trabalhou de forma coordenada para garantir que a revista acontecesse de forma segura, organizada e eficiente.

A Seap, responsável pelas ações nos presídios, coordenou tudo através da Superintendência de Gestão Prisional (SGP) e da Diretoria de Segurança Prisional (DSP).

Até agora, as autoridades não divulgaram detalhes sobre o que foi encontrado nas revistas. No entanto, operações desse tipo geralmente resultam na apreensão de celulares, drogas, armas artesanais e anotações ligadas ao crime organizado.

Esses materiais são fundamentais para fortalecer as investigações e comprovar o envolvimento dos presos nas ações criminosas do lado de fora.

A expectativa é que, com essas provas, a polícia consiga identificar todos os envolvidos e impedir que os ataques continuem.

Agora que a Operação Égide foi deflagrada, o trabalho não para. As investigações continuam para confirmar quem são os presos que estão dando as ordens e como essa comunicação com criminosos fora dos presídios está acontecendo.

Dependendo do que for encontrado, os detentos podem sofrer novas acusações criminais, responder a processos administrativos internos e até ter o regime de prisão endurecido.

Além disso, novas medidas de segurança podem ser implantadas nas unidades prisionais para impedir que esses contatos continuem acontecendo.

A Operação Égide mostra que o Estado está atento e não vai deixar que criminosos usem o sistema prisional como escritório do crime.

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Essas ações são importantes para garantir mais segurança para a população, especialmente em bairros que ficaram assustados com os ataques recentes.

Também servem de alerta para quem acha que, mesmo preso, pode continuar cometendo crimes.

Apesar do sucesso da operação, as autoridades seguem em alerta máximo. O objetivo é agir rápido para evitar novos focos de violência e passar a mensagem de que a Bahia não vai tolerar a ação de criminosos, esteja eles nas ruas ou atrás das grades.

O secretário de Administração Penitenciária reforçou que novas operações como essa podem acontecer a qualquer momento, em qualquer unidade do estado.

“Não vamos deixar que o crime organizado se fortaleça dentro dos nossos presídios. Nosso compromisso é com a segurança da sociedade e o cumprimento da lei”, afirmou o secretário.

A Operação Égide é uma ação coordenada de revista e investigação dentro dos presídios, voltada para combater a comunicação entre presos e criminosos que estão em liberdade.

O nome “Égide” faz referência a uma proteção, uma defesa — justamente o que o Estado busca fazer com a sociedade: protegê-la contra a violência e a criminalidade.

Enquanto as autoridades fazem seu trabalho, a população deve continuar colaborando. Denúncias anônimas podem ser feitas para a polícia através dos números 190 ou 181.

Informações que ajudem a identificar suspeitos ou desmantelar organizações criminosas são fundamentais para a continuidade desse combate.

A luta contra o crime é feita em conjunto — polícia e sociedade de mãos dadas para construir uma cidade mais segura para todos.

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